domingo, 8 de maio de 2011

Os dedos cheios de Deus

Sinto saudades do Teatro Adoniran Barbosa, principalmente quando acontecia o Projeto das seis e meia.
Assisti vários shows, grandes talentos da música brasileira. Lembro-me de Monarco começando em São Paulo, Martinho da Vila, João Nogueira e tantos outros.

Foram momentos especiais de muita música boa! Dos espetáculos que mais me emocionaram, lembro-me especialmente do Show do Guinga. Nesse dia, consegui entrar antes do início da apresentação e assisti o Guinga ainda passando o som.
Por descuido técnico, o som estava alto e Guinga pediu com toda a delicadeza para o técnico abaixar um pouquinho.
Durante o Show, Guinga foi excepcional. Apresentou-se com a mesma delicadeza com a qual se dirigiu ao técnico de som durante o ensaio, o que fez o público se encantar ainda mais com seus “dedos de Deus”.
Quando o show acabou, Guinga apresentou os técnicos de luz e som se desculpando por achar que havia sido ríspido com um deles quando pediu para que abaixasse o volume.
Claro que não foi ríspido, eu estava lá como testemunha!
O que também marcou esse encontro foi um abraço coletivo do público com o artista, proposto por Guinga e comemorado entusiasmadamente por mim e Zé Maria que também estava na platéia.
Naquela noite fui dormir feliz por ter conhecido mais de perto um dos Deuses da música, cheio de dedos... Santos dedos... na cartola do Adoniran. Já era bem mais que seis e meia!

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