sábado, 18 de fevereiro de 2012

O NOSSO BAILE

Tudo ou quase tudo que víamos projetado na parede parecia com o que fazíamos no chão...

A música embalava nosso corpo gingando e subindo as escadas correndo, atrás de cervejas.
Observávamos divertidos, as pessoas sentadas e comentando sobre o baile. O DJ como se estivesse ouvindo tudo, ria com seus enormes dentes brancos que contrastava com sua pele escura, como os bons e velhos cantores de jazz. Nesse caso, o soul rolava solto na vitrola do Biló.

Alguem cantava: “chove chuva, chove sem parar” e São Pedro ouvia aquilo como um elogia e deixava a chuva rolar.
James circulava pelo lugar com sua cadeira, entre as pilastras e pessoas e fazia do giro da cadeira seu movimento de vida, um passo de dança, e de nostalgia, como o som comandado por Biló.

Rimos e nos vimos na parede, nas escadas, nos movimentos. Então, dançamos, tropeçamos em nossas ansiedades, nossos desejos, nossas paixões e afinal, pecamos por desejar demais...
E a noite passou e trombamos uns nos outros e circulamos felizes pela pista improvisada!