Di gordinha morava em frente à praça
e brincava como se fosse criança, na verdade era...
Pintava os brinquedos e
consertava os playgrounds desgastados pelo tempo.
Nas horas vagas subia no pé de ameixa
e junto com as outras crianças brincava de carrinho de rolemã.
Descia a rua a toda velocidade,
percorria caminhos cheios de riscos e novidades, conheceu as cataratas e sete
quedas, correu atrás de cobras, viu seres extraterrestres e pescou nos rios.
De repente se viu entre montanhas e
ali permaneceu, cuidou de outras crianças que desejavam ser felizes como ela.
Ajudou a plantar vidas e semeou
alegrias. Ultimamente dizia-se kariri xocó e pesquisava seus ancestrais. Deixou
o cabelo crescer e sorridente e travessa como sempre, pegou sua bolsinha e foi
bater asas por aí.
Subiu numa montanha e de lá alçou
vôo, olhou do alto e viu outros vales e outras crianças. Como educadora que
era, tirou novamente suas ferramentas da bolsa e voltou a consertar outros
playgrounds, iguaizinhos os da sua infância na sua praça.
Di gordinha
era bem feliz!