quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Caminhos do Morabeza


Teve trânsito parado, risadas no carro, mudanças de plano, entra a direita, a 100 metros à esquerda. Para o carro, é bem recebido, é mau recebido, segue sempre em frente.

Chega na escola, descarrega, sobe a escada, é bem recebido, vê desfiles, debates, fala de Zumbi, de Coralina, de Jorge Amado.

Levanta com a cadeira na cabeça, toca contrabaixo, pira no cavaquinho. Lá vai nosso Boi B. Leza, que rima com Morabeza, que dança com a criola, fala de literatura, vai na favela, conta histórias, se perde, se acha, fala de vida e morte.

Vai à feira, aos céus visíveis e invisíveis e como dizia o poeta Manoel de Barros, Cheiraram gente!

Ah! Ainda subiu conversando com um mineiro e leu notícias sobre universitários, mas não os sertanejos.

Mas isso aqui, é só uma parte da história, quem quiser que conte outra, afinal, o diário de bordo é de cada um de nós!

MORABEZA NAÇÃO


O Grupo Morabeza Nação acredita ser possível conviver com a diversidade de um jeito leve e agradável, voando e vendo do alto as maravilhas da vida.

Por isso, convidamos todos a embarcar nessa viagem que parte do nordeste, cruza o Atlântico e chega ao arquipélago de Cabo Verde na África.

Falamos com sotaque criolo, brincamos e vestimos roupas coloridas pois queremos ser vistos pelos surdos e escutados pelos cegos.

Sobretudo, acreditamos na poesia, em Coras Coralinas, Eugênio Tavares e B.Leza que aliás é nosso boizinho mágico.

Subimos em árvores e aproveitamos o som do vento para pedir a benção e a proteção da Cidade Velha, para que essa energia ajude a apagar o vulcão bola de fogo.

E que também nos ajude a entender que conviver com a cultura do Nordeste do Brasil, da África, dos surdos, cegos, indígenas, crianças e velhos é o que nos motivará a continuar vestindo muitas cores!




sábado, 27 de setembro de 2014

Chico Pedro - O Flautista de Hamelin que adoramos seguir.


o
Tocou com o por do sol, numa ponte, entre o leste e as estrelas. Saiu do Chile, dos Andes, andando.


É gente fina, amado e nos encanta com seu cantar. Não pare nunca, faça-nos acreditar que ouvindo seu canto, estaremos chegando mais perto dos nossos irmãos tcholos, negros, índios, nordestinos, das  mujeres e dos pássaros.


Acredite, esse encontro foi motivado pelo som do seu coração.

 Com amor, de todos nós!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

O GATO QUE RI...



Nuno que na verdade era Nina, tem uma história interessante. Surgiu do nada, mas do alto, como se uma voz o expulsasse do teto, do cafofo dos Bentos!
Nino girou no ar e como Daiane dos Santos, fez um salto carpado, caindo bem no pé do Mirão, rindo como se fosse Charles Chaplin.
Então, com um pé manquitola, não conseguiu fazer um pas-de-deux, mas em breve, voltará a testar sua agilidade, quem sabe fazendo um parkour, atravessando bravamente muros e telhados, até cair do nada novamente.
Pois assim é a vida, assim será a vida de Nina que virou Nino, que afinal, não veio pra explicar nada mas para confundir... Miando aqui e ali, seguiu sorrindo o feliz bichano!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Histórias de Pescador



Estava eu, sentado numa cadeira, quando aproximou-se um garoto com uma camiseta branca com os dizeres: ‘Não Per tube, tô de férias’.

Esta cadeira ficava frente a um lago que tinha uma placa escrita assim: ‘Pesque e Pague aquilo que pescar. É proibido devolver os peixes’. Notei que o garoto se entusiasmou, pegou logo uma vara com anzol de primeira, sua mãe comprou de imediato uma comida pra peixe que mais parecia um ovo de javali.

Inicialmente a isca tomou a forma de um jogo de tômbola, muitas pedrinhas sem sentido, produzidas à exaustão pela secretária mamãe... Logo mais, viraram coxinhas e o garoto se entusiasmou ainda mais, quis mudar de lugar, eu fui atrás... na fila, acompanhavam sua mãe e sua tia que verdadeiramente não colaboraram em nada, apenas falavam alto, dando palpites errados e muitas risadas...

Depois de algum tempo, a mão não acertava o tamanho das iscas, ora diminuía, ora aumentava, fazendo quebrar o anzol. Mas eis que de repente, como num passe de mágica, contrariando as expectativas, puxou a singela varinha com tanta força, que levantou um peixe de mais ou menos 2 metros e 35 quilos aproximadamente.

Nesse momento crucial, sua mãe gritava e sua tia chorava de alegria, logo notei que o jovem precisava de ajuda e corri para socorrê-lo, mas o peixe na hora que me viu, dava rabo de arraia e um paranauê poderoso, me jogou no chão e tentou sair correndo. Subitamente, coloquei o pé na sua frente e consegui derrubá-lo. Ficamos os dois caídos e ofegantes no gramado...

O jovem se aproximou correndo, pegou o peixe pelas barbatanas e saiu correndo em direção ao Bar do Roldão, chegou em casa, acompanhado de sua mãe e sua tia com uma tilápia enorme e eu para provar fotografei, veja se não é verdade, afinal, as imagens não mentem jamais...