Estava
eu, sentado numa cadeira, quando aproximou-se um garoto com uma camiseta branca
com os dizeres: ‘Não Per tube, tô de
férias’.
Esta
cadeira ficava frente a um lago que tinha uma placa escrita assim: ‘Pesque e
Pague aquilo que pescar. É proibido devolver os peixes’. Notei que o garoto se
entusiasmou, pegou logo uma vara com anzol de primeira, sua mãe comprou de
imediato uma comida pra peixe que mais parecia um ovo de javali.
Inicialmente
a isca tomou a forma de um jogo de tômbola, muitas pedrinhas sem sentido,
produzidas à exaustão pela secretária mamãe... Logo mais, viraram coxinhas e o
garoto se entusiasmou ainda mais, quis mudar de lugar, eu fui atrás... na fila,
acompanhavam sua mãe e sua tia que verdadeiramente não colaboraram em nada,
apenas falavam alto, dando palpites errados e muitas risadas...
Depois
de algum tempo, a mão não acertava o tamanho das iscas, ora diminuía, ora
aumentava, fazendo quebrar o anzol. Mas eis que de repente, como num passe de
mágica, contrariando as expectativas, puxou a singela varinha com tanta força,
que levantou um peixe de mais ou menos 2 metros e 35 quilos aproximadamente.
Nesse
momento crucial, sua mãe gritava e sua tia chorava de alegria, logo notei que o
jovem precisava de ajuda e corri para socorrê-lo, mas o peixe na hora que me
viu, dava rabo de arraia e um paranauê poderoso, me jogou no chão e tentou sair
correndo. Subitamente, coloquei o pé na sua frente e consegui derrubá-lo.
Ficamos os dois caídos e ofegantes no gramado...
O
jovem se aproximou correndo, pegou o peixe pelas barbatanas e saiu correndo em
direção ao Bar do Roldão, chegou em casa, acompanhado de sua mãe e sua tia com
uma tilápia enorme e eu para provar fotografei, veja se não é verdade, afinal,
as imagens não mentem jamais...