segunda-feira, 6 de junho de 2011

É Zâmbia na área!

 Logo que saí do metrô, dobrei à direita, depois à esquerda e lá embaixo, avistei Zâmbia tomando um pouco de café num copo de extrato de tomate que hoje serve pra tudo.
Conforme subia a rua, ia pensando naquela partida entre Cascavel e Camarões, quando acabei com o jogo. Ganhamos de dois a um.
Zâmbia era o técnico do Cascavel, eu vi seu olhar de ódio ao ter que me entregar um troféu que ele acreditava já ganho!
Eu pensava que Zâmbia, com o copo apertado na mão direita, olhava para o campo como se esperasse seu time fazer mai um gol.
Mas ao me aproximar, notei que seu olhar estava voltado para mais uma construção de condomínio no mesmo lugar em que Zâmbia era tão considerado por todos.
Vigilante de trem,  Zâmbia contava para seus amigos da CPTM, as aventuras vividas no campo da várzea da zona leste. Para ele, era o acontecimento. Apesar de vigilante, Zâmbia acredita que vacilou, permitiu que a Cohab construísse prédios no campo do Cascavel e a comunidade perdeu mais um espaço de lazer, ficou ainda mais pobre.
Hoje, Zâmbia aguarda ansioso a construção do Fielzão, próximo ao prédio da Cohab, onde ele pensa em se inscrever para adquirir um apartamento popular. Na segunda, vai ao poupa tempo em Itaquera para tirar a carteira de trabalho e decidiu que não quer mais ser vigilante.
E seu grande sonho era treinar o timão, assim como treinou o Cascavel... Salve Zâmbia!!!!

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