sábado, 16 de julho de 2011

Com olhos de Edith

Quarta feira, 13 de julho. Trânsito parado, caminho traçado, chegar até o bar do Zé Batidão, nas fronteiras longínquas de Snato Amaro. 
Jardim Angela, São Luís, Capão, Piraporinha, Parque Santo Antônio, não importa, tudo é próximo. Paramos no caminho para perguntar e Dona Vilma que já conhecia o pedaço nos deu a informação derradeira.
O Bar era logo na rua de cima. Lá chegando, fomos recebidos por Sérgio Vaz e sua ‘gangue’. Gangue de respeito, que provoca e faz com que e o outro de enxergue e valorize sua alma.
Enxergar com os olhos de Edith, poetiza da quebrada que fala sobre Castro Alves, Xangai, pondo-se a ver além das fronteiras dos bairros, indo até o Amazonas, denunciando as queimadas e injustiças que vê pelo caminho.
Dona Edith volta pelo sertão e lá encontra com Marcelino freire, lançando seu mais recente livro ‘Amar é Crime’.
Emocionado o escritor une Sertânia com Alemanha, falando  numa língua que nos identifica e é tão importante. Era o Dito.
 Isso dona Edith já enxergava, apenas indicava  mais um caminho para Marcelino, assim como sua mãe que ficou em Sertânia também fazia, e também dona Marina que era do sertão pernambucano e parecia com Dona Edith.
Gostaria que isso fosse um poema, pois teria imenso prazer em recitá-lo no Bar do Batidão. Falaria com o coração e com respeito a todos que ali passam e passarão, os outros passarinhos como dizia o velho poeta. Mas deixo pra outra hora.
As coisas por aqui também tem seu tempo, Tempo de amar e como já disse Marcelino: ‘Amar é Crime’.
Ao fundo, Bruno e Brau tocam blues e os poetas gritam: Uh Cooperifa!!!!
Voltamos com a alma lavada, enxergando mais longe... como Edith.

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