quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Dona Cize e o Doutor

O Doutor correu pela direita, virou o corpo, foi pra esquerda, gingou e saiu pelo centro. Enganou todo mundo. Fez o gol mais esquisito da sua vida, quer dizer, deixou o time com um a menos.
Falou em campo, bradou na geral e descansou nos bares...Pediu uma gelada e compartilhou com os ouvintes. Golaço!!!
Cantou, representou, brigou, fez tabelas, subiu em palanques... Sua voz ecoou, foi ouvido.

Colocou sua tiara como símbolo de resistência, queria levantar o braço e protestar, nunca estava satisfeito, queria sempre mais.

Já Dona Cize, andava descalça, nas areias de Salamansa, por pura sensibilidade de caminhar nas areias lisas e cercada da cor azul ou verde de um atlântico que foi rota de tráfico de escravos, que aqui cresceram e foram proibidos de usar sapatos...
Por isso, ela resolveu seguir a rota ao contrário, e foi até os colonizadores se apresentar de pés descalços e por isso, tornou-se diva.
Cantou e encantou o mundo, saiu pelo mar, alguns dizem que virou sereia e em noite de lua cheia ainda canta descalça para o mundo e para aquele doutor de tiara na cabeça.
Ambos continuam protestando, cada um a seu jeito, mas a música é uma só: Sodad, sodad de nha terra....

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